Um caso revoltante envolvendo servidores da Perícia Oficial e Identificação Técnica (Politec) veio à tona e chocou a população de Cuiabá. O técnico em necropsia Franklin Will Albuquerque Silva foi demitido após investigações comprovarem que ele utilizou o cartão de crédito de um homem morto para realizar compras no valor de R$ 1.085,49.

O episódio ocorreu em 17 de maio de 2024, logo após o corpo de Romerito de Moura, vítima de um atropelamento na Avenida do CPA, ser recolhido do Hospital Metropolitano.

De acordo com o boletim de ocorrência registrado na época, o empresário dono da empresa onde Romerito trabalhava informou que o cartão usado para os gastos estava em posse da vítima no momento do acidente. O homem contou que, ao chegar em casa naquela noite, percebeu que o cartão havia sido usado em postos de gasolina, distribuidoras de bebidas e transferências via Pix.

Ao investigar os nomes das contas que receberam o dinheiro, ele descobriu que os beneficiários eram servidores da própria Politec — Franklin Will Albuquerque Silva e outro funcionário identificado pelas iniciais V.R., que também teria participado do translado do corpo.

Imediatamente, o empresário registrou o boletim de ocorrência relatando que chegou a conversar pessoalmente com um dos suspeitos no momento da liberação do corpo, sem imaginar que o cartão havia sido furtado.

A Politec informou, em nota, que repudia qualquer conduta incompatível com a função pública e que, assim que tomou conhecimento da denúncia, instaurou um processo interno pela corregedoria. Após a conclusão do processo administrativo, o governador Mauro Mendes determinou a demissão de Franklin Will Albuquerque Silva, decisão publicada no Diário Oficial desta segunda-feira (13).

“O processo seguiu todos os trâmites legais necessários, culminando com o consequente ato de demissão do servidor investigado”, informou a instituição.

Antes da decisão final, Franklin já havia sido afastado preventivamente durante a apuração.

O caso expôs um lado obscuro dentro da estrutura pública e levantou questionamentos sobre fiscalização e ética em cargos que lidam com situações de vulnerabilidade humana.
A atitude, classificada por muitos como “desumana e inaceitável”, deixou a sociedade estarrecida com a frieza do ato.

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