
Ao encerrar 2025, Mato Grosso consolida avanços logísticos que podem impulsionar um novo salto nas exportações de soja no próximo ciclo. A combinação de rotas — BR-163 com escoamento pelo Arco Norte e o fluxo ferroviário via Rumo a partir de Rondonópolis com destino ao Sudeste — já se mostra operacionalmente mais madura e competitiva, diminuindo gargalos que antes limitavam a velocidade de embarque.
Ao longo do ano, investimentos em estrutura de armazenamento próximo às áreas produtivas, expansão de pátios e a ampliação de terminais de apoio reduziram o tempo de escoamento e ampliaram a flexibilidade dos operadores para escolher o melhor corredor conforme preço e demanda. Esse equilíbrio entre Arco Norte e ferrovia passou a aparecer em contratos antecipados fechados por traders, que correram para garantir capacidade logística antes do início da próxima safra.
Fontes do setor afirmam que, ainda em dezembro de 2025, observou-se maior ritmo de pré-contratações e movimentações de estoques em pontos estratégicos — sinal de que o estado pode registrar volumes mais acelerados já no início de 2026. Especialistas destacam que ter dois eixos funcionais e competitivos simultaneamente (rodoviário-Arco Norte e ferroviário-Rumo/Santos) é uma condição extraordinária para Mato Grosso e tende a reduzir custos logísticos e riscos de concentração em um único corredor.
O resultado prático é que produtores e operadores logísticos ganham previsibilidade para negociação e transporte, enquanto o estado fortalece sua posição como principal provedor de soja do Brasil. A expectativa do mercado é de que, com essa estrutura, Mato Grosso possa consolidar novos recordes de embarque no próximo ano, especialmente se condições climáticas e demanda internacional se mantiverem favoráveis.