O governo federal estuda ampliar a oferta de voos regionais no Brasil a partir de 2026, com o objetivo de fortalecer o turismo interno, estimular a economia local e facilitar o deslocamento aéreo entre cidades fora dos grandes centros. A proposta está em fase técnica de avaliação e envolve parcerias com companhias aéreas, estados e municípios que possuem aeroportos de pequeno e médio porte, mas com potencial turístico e econômico significativo.

A iniciativa se baseia no aumento de viagens nacionais registrado nos últimos dois anos, impulsionado pelo interesse crescente de brasileiros em explorar destinos internos. O país possui uma diversidade de regiões turísticas ainda pouco exploradas e com dificuldade de acesso, muitas vezes obrigando o viajante a realizar longos trechos por terra até o destino final, o que desestimula o fluxo.

Caso o plano avance, a ampliação de rotas regionais poderá beneficiar diretamente cidades com forte vocação turística, como regiões de serras, praias específicas fora de capitais, áreas de ecoturismo e municípios com circuitos culturais e gastronômicos reconhecidos. Municípios do Centro-Oeste, Norte e Nordeste estão entre os que podem ter maior impacto positivo, já que possuem áreas de interesse turístico ainda pouco conectadas ao transporte aéreo tradicional.

O Ministério do Turismo, em conjunto com a pasta de Portos e Aeroportos, avalia ainda incentivos tributários e operacionais que possam viabilizar economicamente essas rotas, ampliando a atuação de aeronaves menores e companhias regionais. A medida é vista como estratégica para descentralizar o turismo nacional, oferecer novas alternativas ao turista brasileiro e gerar circulação econômica em localidades que hoje recebem pouco fluxo.

O governo deve apresentar ainda este ano o mapeamento dos polos turísticos prioritários para integrar ao plano nacional que será finalizado ao longo de 2025.

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