Encontrar uma cobra no quintal costuma assustar qualquer pessoa, mas nem sempre o perigo é real. A caninana, espécie bastante comum em quase todo o Brasil, tem sido vista com frequência em áreas urbanas, inclusive em municípios do interior de Mato Grosso. Conhecida pelo corpo longo, que pode ultrapassar dois metros de comprimento, e pelo padrão de cores em amarelo e preto, a cobra chama atenção, mas não representa risco direto à população.
Segundo especialistas, a caninana não é peçonhenta, ou seja, não possui veneno. De hábitos diurnos, ela costuma se alimentar de pequenos animais, como ratos, sapos, lagartos e até outras cobras, ajudando a controlar pragas e a manter o equilíbrio ecológico.
O contato com seres humanos normalmente ocorre quando a espécie sai em busca de alimento ou abrigo em terrenos baldios, quintais e áreas próximas a matas. Apesar de não representar perigo, a recomendação é que as pessoas evitem qualquer tentativa de captura ou agressão ao animal, acionando o Corpo de Bombeiros ou a Polícia Ambiental em casos de encontro dentro de áreas residenciais.
Por ser ágil e ter comportamento defensivo quando se sente ameaçada, a caninana pode avançar contra pessoas ou animais domésticos. No entanto, a ação é apenas uma forma de defesa, sem risco de envenenamento.
A orientação de biólogos é que a população mantenha a calma ao avistar o animal e entenda a importância da espécie para a natureza. Ao preservar a caninana, a comunidade também contribui para o controle de pragas urbanas, como ratos, que podem trazer doenças.